A tirania venezuelana e a responsabilidade do Brasil

A tirania venezuelana destruiu a economia do país e acabou com qualquer possibilidade de uma vida próspera
A mídia nacional, atualmente, pouco ou nada divulga sobre a tirania venezuelana. E não é para menos. Sendo primariamente socialista, a última coisa que a mídia corporativa convencional quer é divulgar para o seu público leitor como é de fato o socialismo. Não é bom para a imprensa socialista nacional que as pessoas saibam quais são as consequências inevitáveis do sistema de planejamento central.
Portanto, a verdade é que a imprensa se recusa a divulgar que a culpa pelo sofrimento do povo venezuelano repousa, em grande parte, no PT. Afinal, o sofrimento dos venezuelanos hoje é, em partes, culpa do governo petista. Em outras palavras, o petismo apoiou e financiou diversas ditaduras socialistas no exterior, como a cubana, a guinéu-equatoriana e a angolana, além da tirania venezuelana. Isso tudo era parte integrante de um ambicioso projeto de poder, que buscava integrar todos os países do continente em uma grande nação socialista. Em resumo, uma evasiva, discreta e conjunta colaboração para construir uma espécie de versão latino-americana da União Soviética.
Com a diáspora de venezuelanos para o Brasil, o governo federal brasileiro — ofereceu amparo e assistência aos venezuelanos. Na verdade, tudo o que fez não passou de um modesto favor, perto da justa reparação que deveria ter sido feita. Pois, tivemos um governo que apoiou ativamente o projeto de destruição sistemática do país vizinho. Isto é, a Venezuela, que fora a quarta nação mais rica do globo terrestre. Hoje, figura como o segundo país mais violento do mundo.
As consequências do socialismo na Venezuela
Infelizmente, é isso o que o socialismo faz. Desintegra nações ricas e prósperas e as transforma em verdadeiras favelas a céu aberto. A história mais uma vez se repete, desta vez em um país vizinho.
Objetivamente, não existe reparo material que posso ressarcir o sofrido povo venezuelano, que hoje tem aproximadamente 95% da sua população tendo que sobreviver na mais deplorável e sórdida miséria. Afinal, quem pode pagar, efetivamente, por tudo aquilo que eles perderam? Ou, quem pode efetuar uma justa reparação pelos danos materiais, físicos e emocionais que o ditatorial, corrosivo e destrutivo governo bolivariano causou aos venezuelanos?
Quem pode compensar os venezuelanos pelo futuro que perderam, ou pela saudade dos parentes e familiares que — pelas mais diversas razões — não conseguiram fugir do país? Quem pode, de fato, desculpar-se pela irreparável e dramática ruína na qual converteu-se a Venezuela e da qual a nação brasileira foi cúmplice ativa?
A tirania venezuelana destruiu completamente a economia do país e acabou com toda e qualquer possibilidade dos venezuelanos terem uma vida próspera e salutar. Atualmente, venezuelanos completamente destituídos de tudo fogem em desespero para os países vizinhos, especialmente para a Colômbia e para o Brasil. E o PT tinha — como ainda possui — o desejo de concretizar o mesmo plano para o Brasil. E é para concluir um obsessivo e depravado projeto totalitário de poder que a organização criminosa petista está determinada a regressar ao comando do governo federal nas próximas eleições.
O resultado de uma utopia equivocada
O que socialistas recusam-se ativamente a aprender é que — na questão econômica —, governos não deveriam jamais interferir. Dentre muitas outras irracionalidades tipicas da ideologia, essa é, basicamente, a grande fraqueza do socialismo. Seu calcanhar de Aquiles.
Como utopia, o socialismo acredita no controle da economia, no planejamento da ação humana e na falta de vontade própria dos indivíduos que simplesmente obedecerão ao governo onipotente em praticamente todos os aspectos, como autômatos desprovidos de arbítrio.
E é por isso que o socialismo sempre se deteriora uma tirânica e violenta carnificina. É uma doutrina totalitária que nunca leva a natureza humana em consideração.
O socialismo sempre irá destruir os instrumentos de prosperidade de um país. A consequência natural será uma deterioração dramática na qualidade de vida da população, enquanto a elite governamental arrogante e prepotente permanece encastelada no poder — intocável e onipotente —, solenemente blindada das drásticas, prejudiciais, nocivas e famélicas consequências das políticas socialistas por ela implementadas à força sobre a população.
Ademais, ao interferir de forma radical e inflexível em todos os segmentos produtivos — tabelando o sistema de preços para toda produção e consumo —, o governo socialista bolivariano produziu a maior crise econômica na história da América Latina. Ou seja, arruinou completamente a economia e aumentou severamente o desemprego entre a população, deixando-a em níveis nunca antes experimentados na história da Venezuela.
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Em decorrência disso, todos os problemas gerados em consequência das nefastas políticas socialistas implementadas acabaram gerando ainda mais problemas, em uma reação em cadeia interminável, que se transformou em uma sucessiva espiral de problemas que não terminam nunca.
Assim, em uma tentativa de ocultá-los, o governo tornou-se progressivamente autoritário, censurando ainda mais a imprensa para esconder a verdade. O objetivo da ditadura bolivariana passou a ser impedir que o mundo externo descobrisse as terríveis dificuldades que afligiam o país, todas elas tendo sido consequências inevitáveis de políticas econômicas completamente equivocadas.
Problemas sociais na tirania Venezuelana
O grande objetivo da ditadura, então, passou a ser fomentar a máquina publicitária estatal, para difundir a falsa impressão de que tudo está indo muito bem, e que qualquer informação em contrário não passa de “falsa propaganda imperialista”.
Foi assim, por exemplo, que o governo venezuelano tentou ocultar o problema da desnutrição, que acomete mais de 70% das crianças venezuelanas; para impedir a divulgação da verdade, simplesmente omitiu informações.
Profissionais da área médica passaram a ser coagidos a não relatar a causa da morte das crianças, quando esta ocorre em decorrência de desnutrição. Quando uma funcionária passou a divulgar as informações de forma mais aberta — disponibilizando informações factuais no site do governo —, ela foi substituída e o controle das informações passou para as forças armadas.
A mesma coisa passou acontece com relação à violência. A Venezuela tornou-se o segundo país mais violento do mundo, mas o governo empenha-se ativamente em ocultar informações relacionadas a este fato. O ataque a turistas aumentou vertiginosamente, e se tornaram também muito mais violentos. Muitos mochileiros passaram a ser primeiramente assassinados, para depois terem seus pertences roubados. Turistas de várias nacionalidades — como belgas, italianos e brasileiros — já foram assassinados em território venezuelano. Os ataques violentos e os latrocínios tem se tornado cada vez mais frequentes e alarmantes.
O ataque a policiais e oficiais do exército também se intensificou de forma exacerbada. Marginais e criminosos tem como alvo preferencial agentes do estado que andam armados, justamente para lhes tomarem as armas. O governo admoestou a estes que não saiam de casa depois do anoitecer, para dificultar a possibilidade de tornarem-se vítimas de tais ataques e de terem suas armas roubadas.
Conclusão
Em decorrência de toda essa violenta espiral de irrefreável degradação e precariedade — algo inerente a um sistema socialista—, a corrupção em todas as esferas de governo, tanto civil quanto militar, aumentou exponencialmente.
Atualmente, o tráfico de moeda internacional — especialmente de dólares —, tornou-se um grande negócio no mercado negro, visto que, em função do extremamente desvalorizado bolívar soberano, a Venezuela sofre drasticamente com sucessivas hiperinflações, o que contribuiu para piorar drasticamente a qualidade de vida da população. A Venezuela é uma prova contundente de que a existência de uma moeda forte é fundamental para que a população consiga se manter e sobreviver.
Lamentavelmente, tudo o que os venezuelanos sofrem atualmente é resultado direto da degradação irrefreável e contumaz gerada pelo socialismo. No desespero, muitos fogem para os países vizinhos, em busca de melhores condições de vida. Muitas mulheres venezuelanas passaram a recorrer à prostituição para sobreviver. O desespero excruciante dessas pessoas é mais uma tragédia que vai para o histórico de vítimas do socialismo e de sua opressiva crueldade para com a humanidade.
Em conclusão, tudo o que podemos fazer por essas pessoas, evidentemente, deve ser feito. Temos uma obrigação moral, um débito impagável para com os venezuelanos. Afinal, foi o governo brasileiro petista que deliberadamente contribuiu para arruinar sistematicamente a Venezuela. Atualmente, mais de dois milhões de venezuelanos vivem como cidadãos expatriados ou refugiados em países vizinhos, tudo para viver longe do sofrimento, da degradação, da ruína e da miséria socialista.
Eis o legado da tirania venezuelana.
Por Wagner Hertzog