Agnaldo Timóteo tomou vacina: Coronavac é segura?

A imagem é licenciada sob por jardielc CC BY 2.0
Cantor e político Agnaldo Timóteo tomou vacina 2 dias antes de ser internado. A vacina funciona?
Agnaldo Timóteo tomou a segunda dose da vacina coronavac 2 dias antes de ser internado com a covid-19. Mas, lamentavelmente veio a óbito na tarde deste sábado (3).
Conforme informa o instituto Butantan, mesmo depois de vacinado ainda é possível que ocorra a infecção. Todavia, em seu esclarecimento, o Instituto indica que,
“algumas pessoas podem ainda ter a doença ou a infecção mesmo tendo sido vacinadas, mas poderão ter uma forma menos grave da doença em função desta vacinação“.
Oras, não foi o que aconteceu com Agnaldo Timóteo que tomou a vacina e mesmo assim não resistiu a doença. Ademais, há quem sustente que Timóteo foi infectado antes da vacinação. É provável que tenha sido assim? É. Mas por outro lado, Agnaldo Timóteo tomou a primeira dose da vacina no dia 15 de fevereiro e fora internado no dia 17 de março.
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Assim, o artista não pode ter sido infectado antes da primeira dose, pois os sintomas surgiram muito tempo depois. Nesse sentido, questionamos: a primeira dose não tem nenhuma eficácia? A segunda dose não impede o avanço dos sintomas graves causados pela covid-19?
Com toda a certeza é triste a perca de mais uma vida. E prestamos nossas condolências aos familiares e amigos. Só que, precisamos questionar a eficácia das vacinas, em especial, da coronavac. Semelhantemente a Agnaldo Timóteo que tomou a vacina, quantas pessoas fizeram o mesmo e não resistiram ao vírus? Certamente que o Instituto Butantã, como produtor do imunizante, tem a obrigação de investigar esses casos.
Coronavac é segura?
Por outro lado, matéria da Revista Oeste, traz informações sobre estudos realizados no Chine a respeito da vacina coronavac. A saber,
Um estudo conduzido por pesquisadores chilenos e da Sinovac — laboratório chinês que produziu a CoronaVac, vacina aplicada também no Brasil — indica que as pessoas vacinadas com o imunizante desenvolveram anticorpos para a covid-19, mas em baixa quantidade.
Em resumo, de acordo com o biólogo Fernando Reinach,
“Os cientistas mediram a presença de anticorpos neutralizantes, aqueles que são capazes de bloquear a entrada do vírus na célula humana. A CoronaVac também é capaz de gerar esses anticorpos tanto em jovens como em pessoas mais velhas, mas a quantidade gerada é muito baixa pois eles deixam de ser detectados se o soro for diluído mais do que 16 vezes”.
Ainda segundo o biólogo,
“Os cientistas tentaram medir a resposta das células T em pessoas vacinadas, mas os resultados, apesar de positivos, não parecem ser suficientes para concluir que a CoronaVac produz uma resposta celular potente”.
Logo,
“A conclusão é a de que os vacinados no Chile com a CoronaVac possuem os anticorpos necessários para combater o Sars-CoV-2, mas em baixa quantidade, o que está de acordo com a baixa eficácia da vacina (50%). Essa baixa quantidade de anticorpos também deixa em aberto a possibilidade de a CoronaVac ser menos eficaz, ou mesmo ineficaz, contra as novas variantes.”
De todo modo, Fernando Reinach pondera que a vacina é segura. Todavia, futuramente será substituída por outras vacinas com maior eficácia.
Com a palavra, o Instituto Butantã.
Por Jakson Miranda