Comunismo, fascismo e socialismo — Ideologias coletivistas e totalitárias

Comunismo, fascismo e socialismo — Ideologias coletivistas e totalitárias

O comunismo e o fascismo basicamente, são variantes do socialismo

O comunismo, o fascismo e o socialismo são movimentos políticos coletivistas e totalitários, que têm muito mais semelhanças entre si do que diferenças. Logo, embora militantes de esquerda sejam conhecidos por frequentemente chamar de “fascistas” todas as pessoas que defendem virtudes ofensivas para as fantasias ideológicas progressistas, eles perceberiam, se estudassem, que a esquerda está muito mais próxima do fascismo do que imaginam. Em síntese, o lema de Benito Mussolini — o notório ditador fascista italiano — resume bem essa proximidade: “tudo no estado, nada contra o estado e nada fora do estado“. Essa sentença reflete perfeitamente a ideologia da esquerda política. O que mostra efetivamente que ela não está nenhum pouco distante do fascismo clássico.

Nesse sentido, embora existam diferenças superficiais entre os três regimes totalitários, na prática todos eles representam a mesma coisa. Ou seja, todos eles, por exemplo, veem o indivíduo como uma ferramenta do Estado, que deve servir ao coletivo. A individualidade não é tolerada; a sujeição do homem às diretrizes do regime deve ser incondicional e absoluta.

Portanto, a diferença fundamental entre esses três totalitarismos está no inimigo a ser combatido: o fascismo busca combater o comunismo, o comunismo deseja combater a burguesia e o socialismo deseja combater o capitalismo.

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No tocante à política e a estrutura do estado em si, todos eles são praticamente iguais. Todas essas ideologias defendem o Estado máximo, são anticapitalistas, se opõem ao livre mercado e desprezam de forma aguda o individualismo. Citando Arnold Beichman, o pensador Richard Pipes escreveu que o “Bolshevismo [comunismo] e o fascismo são heresias do socialismo”. De fato, o comunismo e o fascismo são basicamente variantes do socialismo. O fascismo, por sua vez, sempre careceu de uma base teórica sólida, e suas origens são notadamente socialistas. Benito Mussolini — que foi o ditador fascista da Itália entre 1922 e 1943 — foi membro do Partido Socialista Italiano, antes de inaugurar o Partido Fascista Nacional.

No entanto, para muitos militantes, a realidade histórica pode ser descartada se ela não se enquadrar na sua narrativa ideológica favorita. Muitos estão dispostos a ignorar os fatos e a verdade se isso ofende sua doutrina de estimação, o que não é surpresa nenhuma.

Ademais, o alicerce dos três totalitarismos é o Estado onipotente, que deve planejar e coordenar as vidas de todas as pessoas. Estas, por sua vez, devem ser plenamente obedientes ao governo. Nenhuma forma de individualismo é tolerada, pois é considerada dissidência. O respeito às crenças religiosas — no melhor dos casos — é totalmente relativo. Em qualquer um deles, o Estado será sempre considerado uma divindade superior. Todas as empresas estão sujeitas ao controle do Estado e devem ser reguladas de acordo com os desejos da burocracia centralizada. O livre comércio e o livre mercado são proibidos por serem considerados doutrinas “liberais”, que são a antítese de tudo o que as doutrinas coletivistas defendem e apregoam.

Conclusão

Assim, por não existirem diferenças fundamentais entre os três totalitarismos, qualquer distinção entre eles é uma simples questão de retórica política. A história mostra que todos eles foram responsáveis por mortandades cruéis e catástrofes inenarráveis, de maneira que nenhum desses regimes de governo foi capaz de produzir paz, prosperidade ou progresso, em lugar nenhum do mundo. Todos esses modelos políticos foram fracassos retumbantes. Fatos históricos incontestáveis comprovam isso.

Em conclusão, precisamos olhar para o futuro, aprendendo com o passado. Não devemos buscar inspiração em modelos políticos arcaicos, obsoletos e retrógrados, que geraram apenas miséria, mortandade e sofrimento aonde foram aplicados. Está mais do que na hora de aprender com a história e compreender que esses modelos equivocados de governo devem ser todos prontamente descartados, para a segurança e o bem-estar geral da civilização.

Por Wagner Hertzog

 

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