David Sirota — o perfeito exemplo de um idiota útil

David Sirota — o perfeito exemplo de um idiota útil

David Sirota está sempre exaltando os supostos malefícios do capitalismo, mas nunca foi morar nos “paraísos socialistas”

David Sirota é um radialista e jornalista americano, colunista do The Guardian, que — assim como muitos outros integrantes da esquerda chique, se derramava em elogios para o regime venezuelano na época de Hugo Chávez, assim como faziam inúmeras celebridades, especialmente as hollywoodianas, como Oliver Stone e Sean Penn, que inclusive era amigo pessoal de Chávez. David Sirota escrevia artigos elogiando desmesuradamente o socialismo bolivariano, regozijando-se de sua suposta “eficiência”, “prosperidade” e “desenvolvimento”. Como todo idiota útil de esquerda que vive na pujança, na fartura e na abundância do capitalismo americano, Sirota nunca se importou em buscar a verdade sobre o socialismo, tampouco compreender a realidade. Sua prioridade era simplesmente promover a sua ideologia política favorita. Não importa que ela tenha sido terrivelmente letal e assassina para uma expressiva parcela da humanidade no decorrer do século 20. Isso é um detalhe “irrelevante”, que, do ponto de vista de um idiota útil, não apenas pode como deve ser ostensivamente ignorado.

David Sirota — como a grande maioria dos integrantes da esquerda caviar americana — permaneceu durante anos elogiando o regime chavista e se gabando do quão esplendorosa e maravilhosa era a Venezuela sob o governo de Hugo Chávez. Evidentemente, depois que a crise começou e a situação da Venezuela passou a ir de mal a pior, eventualmente tornando-se insustentável — especialmente a partir de 2013, ano em que problemas como escassez, hiperinflação e desabastecimento começaram a ficar agudos, sendo impossível ocultar do mundo e da imprensa o que estava acontecendo — subitamente toda esquerda chique americana esqueceu que a Venezuela existe. Especialmente David Sirota, que escrevia artigos regularmente afirmando quão maravilhoso e formidável era o regime bolivariano, apesar dele próprio nunca ter trocado sua confortável vida nos Estados Unidos capitalista para experimentar pessoalmente os “sensacionais” benefícios do socialismo bolivariano.

Enfim, como qualquer idiota útil de esquerda, David Sirota era movido por doses cavalares de desmesurada hipocrisia e oportunismo político. Nenhuma novidade nisso.

Evidentemente, David Sirota é mais um idiota útil do sistema para o qual ele trabalha; afinal, é muito fácil declarar seu amor espetacular pelo socialismo do conforto distante e quase que exclusivamente capitalista dos Estados Unidos. Quando o socialismo começa a desmoronar, no entanto — e isso sempre acontece, mais cedo ou mais tarde —, então toda a esquerda chique decide simplesmente ignorar que algum dia apoiou a utopia socialista. Pior ainda, simplesmente esquecem que o país, no caso a Venezuela, algum dia existiu. Justamente no momento em que a população mais precisa de ajuda, sofrendo com a fome, com o desabastecimento, com a total ausência de alimentos e medicamentos, todos os socialistas chiques subitamente esquecem que a Venezuela algum dia existiu. Não oferecem ajuda, assistência ou auxílio humanitário. Nada disso. Como se tivesse sido obliterado da face da Terra, eles simplesmente esquecem que o país algum dia existiu, e que costumavam apoiar incondicionalmente o sistema socialista que condenou toda a população à mais sórdida e implacável miséria.

Nenhuma surpresa nisso. Afinal, caso o fizessem, idiotas úteis como David Sirota não apenas teriam que reconhecer que estavam terrivelmente equivocados, como seriam obrigados a reconhecer que o socialismo é, por si só, uma fatalidade catastrófica indefensável, sob qualquer aspecto ou ponto de vista. Como socialistas se importam muito mais com a sua preciosa ideologia de estimação do que com seres humanos, evidentemente eles jamais iriam se prestar a reconhecer o seu erro. Isso exige um nível de seriedade, humildade e humanitarismo que é simplesmente impensável para socialistas, criaturas vaidosas e narcisistas por natureza, que se importam unicamente em estabelecer sua preciosa ideologia política agredindo a liberdade, a vida, a propriedade e a prosperidade alheia.

Alguns socialistas chiques fazem muito pior. O famoso teórico de esquerda Noam Chomsky — que igualmente elogiava de forma desproporcional o regime de Hugo Chávez — hoje afirma nunca ter dito que a Venezuela era socialista, como se fosse possível ignorar todos os textos em que citou o país como um exemplo do “sucesso” do socialismo. Noam Chomsky, aliás, é mais um perfeito exemplo de socialista chique. Indivíduo que possui inúmeras posses, riquezas e propriedades, ele age como um socialista, mas vive como um capitalista. No livro Esquerda Caviar — A hipocrisia dos artistas e intelectuais progressistas no Brasil e no mundo, Rodrigo Constantino escreveu:

Apesar de todo discurso anticapitalista, o fato é que o sujeito gosta e muito de dinheiro, como todo socialista. Acumulou milhões de dólares ao longo de sua carreira e investe até no mercado de ações, em busca de um retorno melhor. Defensor dos impostos pesados sobre heranças, criou ao menos um “trust” em paraíso fiscal — justamente para fugir dessas taxas. Quando confrontado com essa contradição, reagiu afirmando que não iria pedir desculpas por guardar dinheiro para os seus filhos e netos. (…) Esse grande defensor da igualdade e dos pobres vive em uma casa avaliada em pelo menos US$ 850 mil e ainda possui outra, para férias, em Wellfleet, Massachusetts, estimada em US$ 1,2 milhão. Além disso, claro, tem um belo barco. Coisas típicas do cotidiano dos pobres do mundo todo, como sabemos.” 

É impossível ignorar, portanto, a desmesurada, colossal e histriônica hipocrisia típica da esquerda caviar e a grande distância que existe entre o discurso dessa gente e a vida de ostensivo luxo, conforto e suntuosidade que levam. A hipocrisia de pessoas como David Sirota e Noam Chomsky, portanto, é simplesmente intragável para pessoas decentes, corretas e honestas. David Sirota é o indivíduo que está sempre exaltando os supostos malefícios do capitalismo, mas ele nunca deixou os Estados Unidos para ir morar nos “paraísos socialistas” — como a Venezuela — que ele exaltava em seus deploráveis, tóxicos e ideologicamente saturados artigos inúteis.

Agora, é claro, como a Venezuela não é mais um “paraíso” — mas uma ditadura totalitária onde 96% da população vive na mais absoluta miséria —, tornou-se não apenas conveniente, como apropriado esquecer que o país existe. Claro, isso é perfeitamente compreensível. Para a utopia sobreviver, é fundamental ignorar a realidade. Para impedir que a doutrina socialista definhe, é necessário ignorar toda a destruição que ela causa.

A esquerda chique é tão alienada quanto repulsiva. Estão sempre proclamando as virtudes de um sistema fadado ao fracasso, porque não se importam em ignorar a realidade, já que não é essa gente que sentirá na própria pele as consequências do socialismo, mas serão sempre os povos de outras nações. A esquerda caviar americana sempre poderá voltar para o refúgio seguro e confortável dos seus palacetes na terra do Tio Sam, enquanto alguma nação latino-americana afunda na depravação da escassez e da tirania socialista. Depois de visitar Hugo Chávez na Venezuela, o ator e diretor Sean Penn sempre retornava aos Estados Unidos em seu jatinho particular.

As ações e atitudes de seus integrantes demonstram perfeitamente que a esquerda chique é a melhor definição de contradição e hipocrisia que existe. Seus adeptos veneram o luxo, o conforto e a suntuosidade de tudo aquilo que é exclusivo e elitista, ao passo que condenam ativamente o capitalismo que lhes proporciona a fartura recorrente em sua vidas simplórias e mundanas.

Nenhuma surpresa quanto a isso. Não devemos ficar impressionados por socialistas agirem como socialistas.
Infelizmente, esse modus operandi é recorrente entre essa gente. Em decorrência de profunda ignorância e bestial irracionalidade econômica, essa gente critica tudo aquilo que possibilita a elas usufruírem do confortável, extravagante e suntuoso estilo de vida do qual desfrutam.

Novamente, uma passagem do livro Esquerda Caviar, de Rodrigo Constantino, explica esse fenômeno:

“Vítimas de profundo autoengano, esses intelectuais desejam acreditar em sua utopia acima de tudo. Esse desejo cria um viés absurdo, que rejeita contrapontos para evitar a dor da dissonância cognitiva. Foi assim que inúmeros acadêmicos visitaram regimes comunistas e foram feitos de idiotas úteis por seus líderes. Lênin mesmo os via dessa forma.”

Como explicado, David Sirota é um desses idiotas úteis, que precisa acreditar desesperadamente na sua preciosa utopia de estimação. Para tanto, ele deliberadamente ignora os fracassos do socialismo, porque precisa manter viva a crença na sua fantasia política. Quando as consequências do socialismo no mundo real são irrefutáveis, a negação da realidade torna-se um recurso cognitivo fundamental para essa gente manter a crença na sua colorida e festiva ilusão infantil.

Obviamente, nós nunca vamos ver socialistas caviar como David Sirota — e tantos outros, como Sean Penn, Noam Chonsky e Oliver Stone — abrir mão da confortável vida que leva nos Estados Unidos, para experimentar a vida em um país socialista. Essa gente até passa as férias em Cuba, em resorts de luxo exclusivos para turistas, mas nunca se arriscam a viver como vive a população nativa, tampouco procuram compreendê-la. Sempre que é conveniente, gente dessa estirpe simplesmente ignora a existência do país que antes tanto defendiam — no caso a Venezuela —, ou, quando confrontados com a questão, afirmam que lá não é aplicado o “verdadeiro” socialismo ou que não é o tipo de socialismo que eles defendem.

Desculpas e pretextos não faltam nunca para a esquerda caviar. O importante é defender o socialismo, custe o que custar, e ignorar ativamente a realidade, que está sempre enfatizando quão cruel, maledicente, nefasto e assassino é o socialismo na prática.

A desculpa, no final das contas, é sempre a mesma. Nunca é o “verdadeiro” socialismo. A repulsiva irracionalidade intransigente dessa gente as leva a acreditarem histericamente em utopias irrealizáveis, ao passo que na intimidade do conforto dos seus lares não abdicam de espumantes importados e nunca deixam de fazer aquela viagem às ilhas Galápagos no verão, hospedando-se sempre em hotéis chiques e luxuosos, de dar inveja a qualquer empresário capitalista.

“Jornalistas” como David Sirota não são jornalistas de fato, mas propagandistas de uma ideologia nociva, maligna, brutal e totalitária, que é alardeada como uma coisinha bonitinha por idiota úteis que possuem a mentalidade de uma criança mimada e prepotente. Completamente destituídos de inteligência, conhecimento, capacidade de raciocínio e sofrendo de um grau excruciante de dissonância cognitiva, infelizmente idiotas úteis como David Sirota são a grande maioria nos jornalecos das redações da grande mídia mainstream. O que eles querem com seus artigos mundanos, falaciosos e redundantes é propagar e difundir a lavagem cerebral que eles próprios sofreram, e a qual desesperadamente se agarram, especialmente quando a realidade não corrobora com suas crenças infantis, fantasiosas e utópicas.

As elites são socialistas, mas da boca pra fora. Seu espírito é tão capitalista quanto o do qualquer banqueiro. O marketing que projeta a imagem dessa gente é calculado para fazê-las parecerem seres humanos “corretos”, “abnegados” e “altruístas”, porque para essa gente, a imagem é muito importante. Projetar virtudes é a maior preocupação das celebridades atualmente, especialmente da esquerda caviar. Para essa gente, o importante é parecer virtuoso, e não ser virtuoso de fato. Tanto que nunca vemos os integrantes da esquerda chique dividindo suas imensuráveis fortunas com os pobres. O que confirma, impreterivelmente, que essa gente se importa muito mais com as aparências e com a sua própria imagem do que com os pobres e os desfavorecidos de fato.

Em 2019, David Sirota começou a trabalhar pela campanha presidencial de Bernie Sanders. Alguns idiotas úteis simplesmente não tem cura. O socialismo se perpetua justamente através da ignorância, da irracionalidade, da ausência de capacidades cognitivas, e acima de tudo, da hipocrisia de que sofrem seus adeptos.

Muitas pessoas ainda não perceberam que as elites, em sua grande maioria, são socialistas. O tédio, o sentimento de culpa, a crença em utopias — adquirida através de doutrinação severa e sistemática — e a necessidade narcisista de projetar uma imagem de “benevolência”, “humanidade” e “igualitarismo” perante o público continuará a fabricar socialistas entre os integrantes das mais influentes oligarquias culturais e políticas. Por mais contraditório que pareça, enquanto houver capitalismo, o socialismo continuará a triunfar. Afinal, o socialismo depende do patrocínio do capitalismo para continuar existindo.

Por: Wagner Hertzog

 

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