Estados e municípios querem mais R$ 40 bi ao orçamento da Saúde

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Sob argumento de uma terceira onda da Covid, estados e municípios pedem aumento de recursos
Representantes das secretárias de Saúde de estados e municípios enviaram um ofício ao Ministério da Saúde. No documento, indicam “sinais claros” de agravamento da epidemia no país. Assim, apontam a necessidade de que haja ao menos R$ 40 bilhões de crédito adicional ao Orçamento da pasta neste ano.
Segundo os gestores, a transferência do recurso para reforço deve ocorrer na ponta. Ou seja, para atendimento hospitalar, custeio de serviços da atenção básica e vigilância e compra de insumos, remédios e equipamentos.
No ofício, assinado pelo Conass e pelo Conasems, cita dados da Fiocruz que apontam que 18 estados têm ocupação de leitos maior que 80%. Por conta disso, pede que a pasta agilize a busca por recursos extras para apoio a estados e municípios.
“Estamos olhando no horizonte e estamos claramente vendo uma escalada [de casos]. Se vai vir um terceiro degrau ou uma terceira onda, chamem como quiser, mas o certo é que está parecendo que virá, e os estados estão esgotados“, disse Carlos Lula, secretário de saúde do Maranhão e presidente do Conass.
Nos últimos meses, a pasta já tem feito pedidos por créditos adicionais.
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De acordo com a Economia, destinou-se R$ 37,9 bilhões em recursos extraordinários à Saúde. Todavia, R$ 21,6 bilhões dizem respeito a medidas provisórias do ano anterior, reabertas neste ano. Tais cifras, tratavam-se de recursos sobretudo para vacinas.
Outros R$ 16,4 bilhões são de recursos extras solicitados neste ano, e disponibilizados por meio de quatro medidas provisórias, as quais visavam custeio de leitos, equipamentos e vacinas.
Questionada sobre a previsão de novos recursos, a Economia disse ter atendido todas as demandas de crédito extraordinário ao orçamento da Saúde até o momento e que ainda não recebeu novos pedidos.
Enfim, são muitos recursos. Cifras estratosféricas. E enquanto isso, governadores querem fugir de prestar depoimento à CPI da Covid. Ademais, não sabemos se a presença dos “gestores” à comissão, mudará alguma coisa, já que estamos falando de uma CPI do circo.
Em conclusão, esperemos que os orgãos de controle não apenas estejam atentos, mas, que ajam a fim de barrar a “festa”.
Por Jakson Miranda