Orçamento secreto: ministro Rogério Marinho responde jornal

Imagem é licenciada pelo Palácio do Planalto CC BY 2.0
Após Estadão publicar reportagem sobre suposto orçamento secreto, Rogério Marinho esclarece os fatos
Segundo o jornal o Estado de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), criou uma estratégia para “controlar” o Congresso. Assim, de acordo com o jornal, em reportagem de ontem (9/05), o Executivo teria criado um orçamento secreto de R$ 3 bilhões. Ou seja, tal montante teria como destino, agraciar deputados e senadores aliados ao governo através de emendas.
Portanto, segundo o Estadão, os acordos para direcionar o dinheiro não são públicos, e a distribuição dos valores não é equânime entre os congressistas, atendendo a critérios eleitorais. Só ganha quem apoia o governo.
E finaliza a matéria da seguinte forma:
“Na prática, a origem do novo esquema está no discurso de Bolsonaro de não distribuir cargos, sob o argumento de não lotear o primeiro escalão do governo. De um jeito ou de outro, a moeda de troca se deu por meio da transferência do controle de bilhões de reais do orçamento ao Congresso. Tudo a portas fechadas, longe do olhar dos eleitores“.
Obviamente que após a matéria sobre o tal orçamento secreto, políticos, jornalistas e personalidades da esquerda, passaram a utilizar os termos bolsolao e tratoraço. Enfim, a turma acusa o governo Bolsonaro de corrupção.
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Em contrapartida, na noite de ontem (9/05), o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, usou as redes sociais para responder o jornal. Escreveu o ministro:
“São falsas as informações do Estadão que acusa o governo de ter criado um orçamento secreto. Basta analisar que parlamentares da oposição (PT, PCdoB e PDT) tiveram indicações contempladas. Inclusive o senador Humberto Costa que parece estar com amnésia. Vou lembrá-lo“.
Será que o senador @senadorhumberto passou a integrar a base do governo @jairbolsonaro? O senhor participou de algum #tratoraço senador? Pois o senhor teve uma indicação para a compra de máquinas contemplada. E isso não poderia ser diferente. Segue 👇 pic.twitter.com/zOHmHDK8tY
— Rogério Marinho (@rogeriosmarinho) May 9, 2021
Por fim, o ministro esclareceu.
“Não seria diferente, pois os recursos do RP9 são de indicação do parlamento. Isso começou em 2019 e é sabido. O que há é tentativa de construção de uma narrativa. A reportagem teve acesso aos documentos de indicação dos parlamentares da oposição, mas os ignorou. Qual o motivo?”
Em resumo, a matéria do Estadão, ao afirmar que no orçamento secreto só ganha quem apoia o governo. Diante da informação do ministro, caiu em descrédito. Em outras palavras, tem tudo para ser mais uma narrativa. Ou, como gostam, fake news!
Por Jakson Miranda