Por que Hollywood é socialista?

Por que Hollywood é socialista?

A elite socialista de hollywood vive dentro de uma bolha, imersa em uma colorida e festiva realidade paralela, completamente desconectada da realidade

A elite de Hollywood — a indústria cinematográfica americana — é socialista há décadas. Nos tempos recentes, em virtude da falta de repressão, isso apenas se tornou mais evidente. Na época do McCarthyismo , no entanto, durante a década de 1950, o governo americano fez tudo o que podia para tentar erradicar a ameaça comunista que gradualmente tomava conta da indústria do entretenimento, e rapidamente se disseminava por outros setores culturais da sociedade.

Por essa razão, foi estabelecida a House on Un-American Activities Committee, que investigava e interrogava celebridades suspeitas de simpatizarem com o comunismo. Ronald Reagan, que antes de ser presidente dos Estados Unidos foi um ator famoso entre as décadas de 1930 e 1960, foi um informante do FBI durante o período em que trabalhou na indústria cinematográfica, fornecendo nomes de atores, produtores e diretores que eram abertamente comunistas.

As elites americanas sempre patrocinaram e difundiram ideologias de esquerda, como o socialismo e o comunismo, desde a época do cinema mudo. A indústria cinematográfica, por sua vez, sempre foi vista como um poderoso veículo para a difusão dessas ideias, tanto que diversos filmes possuem narrativas claramente deturpadas por um viés político de esquerda. Com o passar do tempo — quando o chamado Red Scare, como ficou conhecido o Terror Vermelho, havia aparentemente sido eliminado — a repressão governamental cessou. A ameaça, no entanto, estava longe de ter sido efetivamente erradicada.

Com a ausência da repressão, a doutrina socialista passou a usufruir de total liberdade para se disseminar, e a produção de filmes, documentários e séries com teor político de esquerda se tornou recorrente na indústria cinematográfica, sendo nitidamente visível nos dias de hoje. Aos poucos, portanto, a esquerda política passou a usufruir de ampla licença para dominar completamente os meios culturais nos Estados Unidos da América, o que invariavelmente acabou acontecendo. Depois da indústria cinematográfica e da cultura em geral — incluindo a literatura, a música e as artes plásticas — foi relativamente fácil dominar completamente as universidades e os meios acadêmicos.

Em um ambiente tão saturado de esquerdismo, é natural que as pessoas que estão inseridas nesse meio sejam influenciadas, e acabem aderindo à doutrina socialista. Atualmente,a hegemonia progressista é uma realidade na indústria cinematográfica americana. Uma realidade incontestável. Décadas de difusão da cultura progressista criaram um ambiente terrivelmente insalubre para a liberdade de pensamento dentro dos estúdios. Como resultado, a esquerda política criou raízes profundas na indústria cinematográfica. A liberdade de expressão tornou-se literalmente inexistente. Atores, produtores e diretores que não são de esquerda são ativamente perseguidos e muitos tem suas carreiras prejudicadas por conta disso.

O ator Kevin Sorbo — famoso por interpretar Hércules em um seriado de televisão que usufruiu de enorme popularidade na segunda metade de década de 1990 — passou a ser perseguido depois de se declarar cristão. Em uma entrevista ele questionou, “por que Hollywood tem tanto medo de Deus?”; infelizmente, as oportunidades de trabalho para o ator passaram a ficar cada vez mais escassas, embora posteriormente ele tenha encontrado papéis em dramas cristãos familiares feitos para a televisão.

Uma coisa muito similar aconteceu com o ator Antonio Sabàto Jr., que passou a ser ativamente perseguido e teve sua carreira seriamente prejudicada depois que passou a apoiar publicamente o presidente Donald Trump.

Infelizmente, a indústria cinematográfica americana é majoritariamente socialista, e faz questão de mostrar suas credenciais esquerdistas o tempo inteiro. A grande maioria das celebridades é filiada ao Partido Democrata. Ben Affleck, Matt Damon, Robert De Niro e a maior parte da elite de Hollywood apoia direta ou indiretamente o Partido Democrata.

Algumas pessoas, como o cineasta Oliver Stone, foram ainda mais longe. Oliver Stone sempre venerou Fidel Castro, e chegou a dirigir e produzir três documentários sobre o ditador cubano: Comandante, de 2003, Looking for Fidel, de 2004 e Castro in Winter, de 2012. Em 2014, Oliver Stone produziu e dirigiu o documentário Mi amigo Hugo, como uma homenagem póstuma ao ditador venezuelano Hugo Chávez, que havia morrido no ano anterior. O ator e diretor Sean Penn era um amigo próximo de Hugo Chávez, tendo ido diversas vezes até a Venezuela para visitar e confraternizar com o ditador socialista.

Esse tipo de coisa é muito recorrente entre astros e estrelas de hollywood. São pessoas ricas, doutrinadas e entediadas, que não encontraram absolutamente nada melhor para preencher sua vidas fúteis e vazias do que serem militantes engajados. Por essa razão, aprovam, bajulam e patrocinam todo o tipo de asneiras progressistas, convictos de que estão lutando por um mundo “melhor”, mais “justo” e mais “igualitário”. Mas é claro que dividir suas incomensuráveis fortunas com os pobres e os miseráveis são coisas que eles jamais se prestam a fazer. Aparecer em fotografias ao lado de políticos ou ditadores célebres é o máximo que essa gente está disposta a realizar.

Há muito tempo, o esquerdismo é um fetiche da aristocracia e um passatempo das elites e celebridades endinheiradas, que — em decorrência da vida extremamente confortável que levam — ficaram totalmente alienadas da realidade. Por essa razão, essa gente flerta com utopias e com todo o tipo de excentricidades estúpidas, típicas de gente rica que não precisa se preocupar com as contingências da realidade, pois usufruem de fartura de alimentos, amplo conforto, majestosa suntuosidade e desfrutam de todo o tipo de privilégios comuns entre os ricos.

Essa gente, portanto, pode se dar ao luxo de bajular e promover os fetiches progressistas politicamente corretos; até porque muitas delas sabem perfeitamente que se não aderirem a toda essa deplorável fantasia imbecil, podem ter suas carreiras comprometidas, já que ser um militante barulhento e ativo pode gerar inúmeras oportunidades de trabalho, além de ampla exposição midiática. Portanto, muitos integrantes da elite de hollywood sabem perfeitamente que se não aderirem ao esquerdismo — ao menos em algum grau —, podem acabar sofrendo as consequências.

Esse é um dos motivos pelos quais astros de hollywood tanto bajulam, veneram e idolatram as imbecilidades progressistas. Nem sempre é por convicção, mas muitas vezes é por medo de terem suas carreiras comprometidas, visto que há uma nítida predominância do pensamento político de esquerda na indústria cinematográfica americana, que também é bem latente em outros segmentos do meio cultural. Como explicado acima nos exemplos de Kevin Sorbo e Antonio Sabàto Jr., não ter nenhuma simpatia pela esquerda política — bem como criticá-la ou desagradá-la de alguma forma —, além de gerar perseguição, pode comprometer seriamente a carreira de uma pessoa.

A fartura, a prosperidade e a abundância do capitalismo infelizmente podem contribuir para a derrocada de uma sociedade, que se acostuma tanto com a opulência, que passa a acreditar que ela é natural, que acontecerá sem que se faça o menor esforço. Como o economista Joseph Schumpeter explicou, uma sociedade capitalista pode facilmente se transformar em uma sociedade socialista. Isso acontece porque a fartura e a prosperidade materiais fazem as pessoas acreditarem que a abundância é o seu estado natural, e absolutamente nada pode comprometer isso. Algumas pessoas erroneamente presumem que toda a sua prosperidade é automática, e que basta adotar algumas políticas socialistas para se erradicar totalmente a pobreza e a miséria.

Esse pensamento é resultado de excruciante ignorância econômica — a verdadeira base do socialismo —, que é justamente o que acontece quando as pessoas não sabem como funciona o mercado, e como é a descentralização dos agentes produtivos que acaba propiciando o estado de fartura e abundância a que as pessoas estão acostumadas, ao menos em países desenvolvidos.

Portanto, sendo completamente incapazes de compreender como funciona a economia no mundo real, os integrantes da elite socialista de hollywood acabam vivendo suas vidas enclausurados em um mágico e colorido mundinho paralelo de fantasias; por essa razão, essas pessoas realmente acreditam que todos os seus sonhos e fantasias políticas podem se tornar realidade. Basta ser um militante ativo da causa.

A riqueza, a abundância e a fartura que essa gente usufrui sem dúvida nenhuma é o elemento que acaba contribuindo enormemente para que vivam completamente apartados da realidade. Totalmente distanciados das vicissitudes e dificuldades que acometem o cidadão comum, essa gente vaidosa, narcisista, elitista e descolada da realidade acredita que quase todas as pessoas do mundo são como elas, ricas e abastadas. Basta distribuir um pouco melhor as riquezas — dos outros, é claro — para o mundo se tornar um lugar mais justo e igualitário.

Além disso, por estarem terrivelmente doutrinadas com a fútil, desconcertante e maléfica ideologia progressista, essa gente é incapaz de usar a lógica, a razão e a racionalidade a seu favor. Portanto, elas vivem em uma colorida e radiante realidade paralela, que as afasta substancialmente das pessoas comuns.

Infelizmente, quanto mais rica for uma pessoa, mais inclinações socialistas ela terá — com raras exceções. Isso acontece porque essa gente acredita que a prosperidade da qual usufruem é universal e pode ser acessível a todos; tudo é uma questão de distribuí-la melhor entre as pessoas das classes desfavorecidas. Mas se eles, que são ricos, não distribuem amplamente suas fortunas aos pobres, quem eles imaginam que fará isso? A classe média?

Esse é outro sintoma típico da doutrina socialista. Socialistas estão sempre dispostos a fazer caridade com o dinheiro dos outros, nunca com o deles próprios. Eles acham que as riquezas devem, sim, ser partilhadas e melhor distribuídas entre todos os integrantes da sociedade. Mas sempre as riquezas dos outros, nunca a deles próprios.

Socialistas também são muito ingênuos quando o assunto é administração governamental. Incapazes de perceber os sinistros interesses escusos que são comuns na atmosfera política, socialistas chiques frequentemente alimentam a ilusão de que políticos e burocratas são pessoas puras, angelicais e benévolas, que são completamente incapazes de agir movidas por interesses egoístas, imorais ou duvidosos.

Por possuírem uma fé irracional na política, essas pessoas esquecem que o mercado, a caridade, a ação humana e a livre iniciativa são as maiores responsáveis pelo desenvolvimento da sociedade e pelo combate à pobreza, contribuindo para mitigar problemas, moléstias e carências que a política persiste em piorar, por estar sempre implementando soluções equivocadas para combater as adversidades das quais as pessoas comuns sofrem, isso quando as soluções promovidas através da política não acabam sendo diretamente responsáveis por agravar as dificuldades existentes.

Como a elite socialista de hollywood vive dentro de uma bolha — imersa em uma colorida e festiva realidade paralela, completamente desconectada da realidade —, infelizmente é natural que seus integrantes pensem da forma como pensam.

Como as urgências da realidade não afetam essas pessoas e não fazem parte da rotina dessa gente que vive no desmesurado luxo e no esplendoroso conforto de uma suntuosidade sem limites, com recursos infindáveis à sua disposição para ter tudo o que quiserem a hora que desejarem, pessoas ricas como os integrantes da elite da indústria cinematográfica jamais enxergarão a vida pela perspectiva do cidadão comum.

Essa gente vai continuar vivendo a vida e fazendo a sua leitura pessoal da realidade de acordo com os padrões elitistas que prevalecem em sua enclausurada e hermética bolha social. Uma bolha social onde as agruras da realidade não entram, e onde o cidadão comum é uma coisa tão vulgar e distante quanto exótica e idealizada.

Como a ideologia progressista é um fetiche da aristocracia, seus integrantes sempre encontrarão formas e maneiras de promover a sua doutrina de estimação, por achá-la legal, bacana e bonitinha. Além do mais, ser progressista pode ajudar uma pessoa a ascender socialmente e profissionalmente; portanto, não devemos estranhar que alpinistas sociais usem a ideologia como uma couraça política, pois sabem perfeitamente que — além disso melhorar a sua imagem perante as elites —, acaba gerando toda a uma publicidade positiva em redor da sua pessoa, que pode resultar em mais oportunidades de trabalho.

Portanto, para as elites, o socialismo é um adorno ideológico exótico, um fetiche pessoal gracioso e sofisticado que tem uma adesão social cujas supostas virtudes são ostensivamente visíveis.

É como um sinal de que elas são do “bem” e lutam por um mundo “melhor”, ainda que elas sejam completamente incapazes de perceber como o mundo real as enxerga — como pessoas fúteis, alienadas, vazias, elitistas, arrogantes, soberbas, doutrinadas e incrivelmente ignorantes à respeito da vida, da realidade e de como o mundo realmente funciona.

Por: Wagner Hertzog

 

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