Voto impresso trará “caos” para sistema eleitoral, diz Barroso

"Sessão plenária do TSE, sob a presidência do ministro Luís Roberto Barroso, em 06.02.2020." por O Tribunal da Democracia é marcado com CC PDM 1.0
Voto impresso traria “desejo imenso de judicialização” e criaria “caos em um sistema que funciona muito bem”, diz presidente do TSE Luís Roberto Barroso
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou na quarta-feira (5/5) que o voto impresso traria “desejo imenso de judicialização” dos resultados eleitorais. Além disso, criaria “caos em um sistema que funciona muito bem”.
O ministro fez a declaração em entrevista à GloboNews. “O nosso sistema de voto em urna eletrônica é totalmente confiável”, disse.
Nesse sentido, “Eu acho que o voto em cédula, inclusive é o que fala a proposta de emenda constitucional, mesmo o voto impresso pela própria urna, eu acho que seria extremamente problemática e mexeria num time que está ganhando”, disse Barroso.
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Por fim, Barroso usou os EUA como exemplo de países cujos líderes ou candidatos afirmam, antes da eleição, que se perderem é porque houve fraude.
“Isso é a negação da democracia. A democracia é um jogo em que as regras valem para todos. Quem ganhar tem o direito de governar e quem perder tem que respeitar a vontade das urnas. Essa história de cantar a existência de fraude antes da divulgação do resultado e colocar sob suspeita um processo eleitoral que jamais identificou qualquer tipo de fraude é problemático”, afirmou.
PEC 135/19 avança no Congresso
Todavia, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), determinou a criação de uma comissão especial para discutir a PEC 135/19 que institui o voto impresso no Brasil. Trata-se de Proposta cuja autoria é da deputada Bia Kicis (PSL-DF). Com efeito, a PEC, se aprovada, exige a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos.
Em suma, a comissão terá 34 titulares e 34 suplentes indicados pelas lideranças partidárias. No entanto, a data da instalação ainda não foi definida e depende da definição dos integrantes da nova comissão.
Por Jakson Miranda
Porque então até agora ainda não deixaram o presidente Bolsonaro, eleito democraticamente governar. O barroso está sendo incongruente com o seu discurso.